novembro 21, 2006

Educação, subjetividade e cultura nos espaços midiáticos

O texto “Educação, subjetividade e cultura nos espaços midiáticos” nos remete à reflexão sobre o papel da escola na atual sociedade consumista, onde vemos nossos jovens como uma grande massa de manobra, interiorizando e reproduzindo uma cultura que não lhe pertence, mas que, por força da mídia, está presente no comportamento, na linguagem, no vestiário, no consumo...
A primeira associação que faço em relação à escola refere-se ao consumismo que se prolifera também na educação. Muitas vezes, nós professores adotamos teorias, metodologias, idéias, conceitos que não temos conhecimento consistente para julgarmos sua validade, sua adaptabilidade à realidade que nos cerca mas, devido à propaganda, acabamos por utilizá-la sem conhecê-la profundamente, portanto, sem poder avaliar os prós e os contras, sem efetuar adaptações.
Em relação aos nossos alunos, notamos que há uma “padronização” comportamental, um estereótipo que é vendido através de imagens, de publicidade, de músicas – um estilo de vida que principalmente os jovens tendem a seguir. Diante disso, a questão é: -qual o papel da escola frente ao efeito devastador da mídia?
É necessário ter cuidado para não ser atropelado pela mídia, mas sim usufruir dos benefícios que ela pode nos proporcionar. Como? Trabalhando com uma metodologia que auxilie nosso aluno a não ser um ser passivo, que aceite sem questionar tudo que lhe é repassado. Precisamos de pessoas com autonomia, com senso crítico. Num mundo que oferece tantas possibilidades, é preciso discernimento para fazer as escolhas corretas. Usemos o exemplo da Internet, onde há um cabedal de informações: como o aluno saberá distinguir uma informação séria de uma superficial? Como articular o conhecimento popular com o conhecimento científico? Como valorizar o interior, os valores, o diferente em detrimento do exterior, da superficialidade, do igual? Destaco aqui a citação da autora, em que fala da importância da: “(...) criação de espaços em que crianças e adolescentes possam encontrar referência suficiente para aprender a organizar, selecionar e hierarquizar o imenso volume de informações, dados, imagens, sons e opiniões que recebem todos os dias”.
Este é o desafio da escola: saber usar os recursos midiáticos com criticidade, para não se tornar apenas mais um espaço de reprodução; incentivando no aluno a leitura crítica do mundo e dos fatos que o cercam, valorizando o diálogo, as interações, a cooperação.

Um comentário:

Aline_Kunst disse...

Olá Beatriz!
O papel do jovem em nossa sociedade e um pouco confuso, acredito que isso o torna mais vulnerável frente à manipulação...
Com certeza a escola tem muitos desafios...

Beijos
Aline